Gota D'água

Categoria aprova fechamento do acordo com Cetrel e DAC

22/07/2019

Em assembleias realizadas na manhã da última quinta (18), em Camaçari, trabalhadores (as) da Cetrel e da DAC aprovaram, por maioria, o fechamento dos acordos coletivos deste ano. Aceitaram a última proposta feita pelas empresas na mesa de negociação, de conceder reajuste salarial pelo INPC-IBGE no valor de 5,07% e reajustar os benefícios econômicos por índices que variam entre 13% e 15%. As empresas se comprometeram a pagar tanto o reajuste salarial quanto o retroativo a primeiro de maio (data-base da categoria) ainda na folha deste mês.

Pelo acordo fechado, os auxílios creche e educação passam de R$ 970,00 para R$ 1.100,00; o auxílio filho especial sai de R$ 1.210,00 para R$ 1.400,00; o tíquete refeição vai de R$ 44,00 para R$ 50,00 e o auxílio funeral será corrigido de R$ 6.600,00 para R$ 7.260,00 (titular) e de R$ 4.620,00 para R$ 5.082,00.

Nas mesmas assembleias de aprovação dos acordos, os (as) trabalhadores (as) decidiram que o Sindicato permaneça em negociação com as empresas, tendo em vista que em agosto Cetrel e DAC vão elaborar seus orçamentos, sendo este o momento de avaliarem a redução de 30% para 20% a coparticipação do (da) empregado (a) no custeio do plano de saúde, além de disponibilizarem mensalmente um tíquete alimentação, independentemente do fornecimento das refeições já praticas pela empresa no local de trabalho. Seriam duas reivindicações para serem implantadas no acordo de 2020. Na DAC, uma terceira reivindicação é a criação do Prêmio de Férias, que consistiria num valor extra a ser concedido no período de descanso do (da) trabalhador (a).

Contribuição Assistencial – Agora que o acordo coletivo está fechado, é hora da categoria ter consciência e ajudar o Sindicato a recompor as despesas com a campanha salarial, mediante a autorização da contribuição assistencial de 1,5% do salário base. É a consciência de classe, de solidariedade, de reconhecimento da importância de manter a entidade para enfrentar as armas dos patrões e, agora, de um governo que colocou os sindicatos no centro de sua artilharia.

Bolsonaro está fazendo tramitar no Congresso Nacional projetos no sentido de destruir o movimento sindical, pois sabe que se trata de uma estrutura que faz forte oposição a seus projetos de destruição dos direitos e das conquistas históricas da classe trabalhadora. Tentou isso com uma Medida Provisória, a 871, que “caducou” por falta de aprovação, e no lugar dela está fazendo uso de projetos de lei.

Diante desse cenário de guerra, que só favorece a classe empresarial, é que os (as) trabalhadores (as) devem se unir, fortalecendo suas entidades. Cada um (uma) deve autorizar expressamente o desconto em folha da contribuição assistencial.