Após sucessivos cortes no Programa Bolsa Família, o governo Bolsonaro excluiu 1,15 milhão de beneficiários em seis meses. O resultado disso é que o programa contempla este mês o menor número de famílias beneficiadas desde agosto de 2017, ainda na gestão do golpista Michel Temer (MDB).

Dados do Ministério da Cidadania indicam que o benefício será pago a 13,2 milhões de famílias, segundo menor volume de participantes registrados nos últimos oito anos, à frente apenas de julho de 2017, quando 12,7 milhões de famílias receberam o benefício. Naquele período (governo Temer) também foi batido o recorde de exclusão, num total de 1,2 milhão de famílias.

Em nota, o Ministério da Cidadania informou que o princípio objetivo do Bolsa Família (complementação de renda) está desvirtuado e que, por isso, técnicos estudam o aperfeiçoamento do programa. Em outubro, o valor desembolsado com o programa foi de R$ 2,5 bilhões, o que dá uma média de R$ 191,08 por benefício. Em abril, o presidente Jair Bolsonaro anunciou o pagamento de uma 13ª bolsa, incorporado ao benefício de dezembro, mas informou que, por conta disso, neste ano não haverá reajuste pela inflação do valor pago.