O fechamento do balanço trouxe o tamanho do estrago feito pelos incêndios criminosos na Amazônia em 2019: houve um crescimento de 30% em relação ao ano anterior, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Não foi pior devido às críticas de entidades nacionais e estrangeiras ao comportamento do governo, que adotou uma postura que variou da omissão ao incentivo e só a muito custo ajudou a combater o fogo.

Também de acordo com o INPE, foram registrados 89.178 focos no incêndio no bioma amazônico, contra 68.345 no período anterior. Na década, 2019 foi o terceiro ano com o maior número de focos de queimadas registrados, atrás de 2017 (107.439) e 2015 (106.438).

Depois de duas quedas seguidas em setembro e outubro, nos dois últimos meses do ano a Amazônia voltou a registrar alta, com destaque para dezembro, quando houve um aumento de 80% em comparação a 2018. O ápice de queimadas aconteceu em agosto, quando 30.901 focos foram registrados. As queimadas naquela ocasião geraram protestos em todo o planeta e levaram o presidente Jair Bolsonaro a mandar as Forças Armadas para conter o fogo.