As movimentações feitas para a abertura do capital da Embasa, e os impactos que isso acarretará para a sociedade baiana, serão temas de amplo debate virtual a ser realizado pelo Sindae em parceria com a Frente Parlamentar Ambientalista da Bahia. Será nesta quinta (dia 9), a partir das 14:30 horas, e pode ser acompanhado pelo aplicativo zoom, o que permite grande participação de interessados (as). A água, um bem essencial à vida, vai ser transformada em fonte de lucros de espertos empresários e especuladores? Eis a questão que está em jogo.

É um debate importante para se ter uma real dimensão da proposta do governo baiano para o saneamento básico, que pode dar uma guinada na gestão do serviço, retirando o foco no social para contemplar interesses privados. Os lances para conduzir a abertura do capital da Embasa serão discutidos por pessoas que acompanham atentamente a questão, como o professor aposentado da Ufba, Luiz Roberto Moraes, atualmente morando em Portugal, mas que acompanha o que acontece no Brasil, o ex-presidente e hoje representante dos (das) trabalhadores (as) no Conselho de Administração da Embasa, Abelardo de Oliveira Filho, o dirigente do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), Moisés Borges, e o coordenador do Sindae, Grigorio Rocha. Pela Frente Parlamentará estará o deputado estadual Marcelino Galo (PT-Ba).

As articulações pela abertura do capital da Embasa acontecem num momento em que o Governo Bolsonaro promove um forte ataque para privatizar o saneamento no país. Junto com o seu ministro da Economia, o banqueiro Paulo Guedes, conseguiu aprovar no Congresso Nacional o PL 4261, também chamado de PL Coca-Cola, cujo objetivo é forçar a venda das companhias estaduais de saneamento básico e retirar desse setor tudo o que se refere a serviço de interesse público. É uma ação coordenada por grandes grupos financeiros internacionais, como a Nestlé, Aegea, Brookfield, Suez e Coca-Cola, dentre outros. Como a água é essencial para a vida, querem transformá-la em negócio capaz de matar a sede de lucro, não importa quantos possam morrer nessa estúpida voracidade por dinheiro.