Gota D'água

Vigilantes da Vipac voltam a ocupar sede da Embasa em novo protesto contra atraso de salário

10/07/2020

Vigilantes da Vipac voltam a ocupar sede da Embasa em novo protesto contra atraso de salário

Num período de menos de um mês, trabalhadores da Vipac voltaram a ocupar a sede da Embasa, no Centro Administrativo da Bahia, nesta sexta (10), para protestar pelos mesmos motivos da manifestação anterior: o atraso no pagamento dos salários e o corte ilegal de benefícios.  Aproveitaram para denunciar a negligência na fiscalização do contrato renovado recentemente, entre as duas empresas, no valor de R$ 41 milhões, além de outras irregularidades praticadas pela empreiteira encarregada da segurança.

O Sindae se associa ao protesto e cobra providências urgentes da Embasa, salientando que isso se transforma numa crueldade maior por estar acontecendo num momento de grave crise no país, que afeta gravemente a classe trabalhadora. Muitos dos vigilantes, por sinal, têm contado com a solidariedade de trabalhadores da Embasa para despesas básicas, como transporte e alimentação, diante dos atrasos nos salários.

Responsáveis pela segurança do pessoal e do patrimônio da Embasa, os vigilantes da Vipac denunciaram o não pagamento, até agora, do salário de junho e da primeira parcela do décimo-terceiro salário, além da não liberação do vale transporte, vale alimentação e devolução de parte do salário descontada irregularmente no mês anterior. Segundo eles, esses atrasos têm sido uma constante, aumentando o desespero daqueles que, nessa pandemia do coronavírus, também sofrem os efeitos perversos da crise econômica, com o desemprego fazendo cair a renda familiar.

À frente do protesto, a direção do Sindvigilantes lembrou que o contrato da Vipac com a Embasa foi renovado no começo de junho ao custo de R$ 1,8 milhão ao mês, perfazendo um total de R$ 41 milhões durante a sua vigência. O descumprimento das obrigações, portanto, não seria por falta de dinheiro, mas por um “comportamento velhaco” da empreiteira, conforme denuncia a entidade. Cita, ainda, que está havendo atraso no recolhimento do FGTS, do INSS e do plano de saúde, dificultando o atendimento médico, além de não entregar uniformes suficientes para os vigilantes e da maioria estar com o curso de reciclagem vencido.