Gota D'água

Proposta de pagamento do PPR 2019 é aprovada. Sindicato vai cobrar agilidade da empresa

01/08/2020

Proposta de pagamento do PPR 2019 é aprovada. Sindicato vai cobrar agilidade da empresa

Para evitar que nova desculpa seja usada para retardar ainda mais o cumprimento da obrigação da empresa, a diretoria ampliada do Sindae, em reunião realizada na última sexta (31), resolveu aceitar a proposta da Embasa para o pagamento parcelado do Programa de Participação nos Resultados (PPR), sendo a primeira parcela até 15 de agosto e a segunda até 15 de setembro. Nos anos anteriores o benefício foi pago numa única parcela.

A decisão foi tomada após ampla discussão, que levou em conta, também, o sentimento das bases, até porque a empresa já tinha usado pretexto para atrasar o pagamento. O acordo, fechado com a Embasa e aprovado pela categoria, prevê a quitação no mês subsequente à publicação do balanço, e como isso ocorreu nos meados de julho, o benefício deveria ser pago em agosto. Vale lembrar, ainda, que a empresa usou de medida provisória do Governo Bolsonaro e atrasou a divulgação do balanço, o que geralmente acontece em abril.
 
O atraso no pagamento e o parcelamento causaram indignação devido ao momento de crise que atinge a categoria. Em reunião com o Sindicato, no começo da semana, a Embasa chegou a propor pagar em três parcelas, o que foi prontamente rejeitado, e só posteriormente enviou a proposta de parcelar em duas vezes. Não fez isso por questão de dinheiro: ela mesma informou ter provisionado mais de R$ 43 milhões para o PPR 2019. Preferiu o conflito para resolver uma pendência do ano passado, quando a categoria se esforçou e cumpriu muito mais do que as metas estabelecidas para ter direito ao benefício.

O Sindicato vai informar a Embasa da aceitação da proposta nesta segunda-feira (3) e cobrar agilidade na quitação. Como se sabe, 15% do benefício será de forma linear (uma parte igual para todos e todas) e o restante proporcional.

Agora vamos nos concentrar na discussão do PPR 2020 e também nas negociações do novo acordo coletivo de trabalho, buscando proteger nossos direitos e conquistas.