Com a tragédia tomando proporções de guerra, é preciso reagir, fazer algo para que a vida prevaleça sobre a morte, preserve os empregos e traga esperança, apontando uma luz para superar o tenebroso cenário em que jogaram o Brasil.

Esse é o desafio colocado para a classe trabalhadora que está chamada a fazer um novo ato nesta sexta, dia 7, transformado num novo Dia de Luta em Defesa da Vida e dos Empregos, no momento em que o país se depara com o macabro número de 100 mil mortes pelo coronavírus. Essa é a estimativa das vítimas previstas para acontecer nesse dia, e que, infelizmente, é uma marca que pode ser superada. É uma tragédia sem fim. 

A manifestação irá acontecer nas capitais e grandes cidades do país, tendo a participação da CUT e de outras centrais sindicais, além das Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo. Em Salvador haverá um ato simbólico às 7 horas desta sexta, no Farol da Barra, além da exibição de cruzes em algumas avenidas, para simbolizar as vítimas do coronavírus e do governo que teima em negar a gravidade dessa pandemia e se recusa a tomar medidas para conter a doença e evitar a multiplicação de mortes.  

Não é só: durante o dia tem uma intensa programação nas redes sociais que poderá ser acompanhada pelo Facebook e o canal do YouTube da CUT Bahia. Das 8 às 10 horas haverá transmissão ao vivo das manifestações nos estados, seguida por uma “live” das 14 às 16 horas com diversos convidados abordando as duas crises que assolam o país, a econômica e a de saúde, e outra “live” com abordagens variadas das 19 às 20 horas. 

Junto com outros sindicatos, o Sindae participou da reunião da CUT Bahia que discutiu a programação desse ato e conclama a categoria de água, esgoto e meio ambiente a participar. A classe trabalhadora não pode aceitar, sem reagir, que o governo continue cortando direitos históricos, aprofundando o desemprego, a fome e a miséria, e ao mesmo tempo não tome o comando das ações para enfrentar o coronavírus, deixando a tarefa para governadores e prefeitos, como se ele não tivesse responsabilidade no problema.

A postura do presidente Bolsonaro é inaceitável, tratando o coronavírus como uma “gripezinha” e desprezando as medidas de prevenção recomendadas pelos órgãos de saúde, o que contribuiu para que o Brasil chegasse agora aos 100 mil mortos nessa pandemia. Um presidente que, ao mesmo tempo, comanda uma onda avassaladora de ataques à classe trabalhadora, promovendo o desemprego recorde, jogando o país numa gravíssima recessão, além de desmantelar o patrimônio nacional, privatizando estatais e vendendo a preço de banana nossos recursos minerais e ambientais. Enfim, uma total irresponsabilidade que dá a medida exata para que se grite “Fora Bolsonaro”.