Gota D'água

Trabalhadores (as) da CERB aprovam o Acordo Coletivo 2021/2022

05/01/2022

Trabalhadores (as) da CERB aprovam o Acordo Coletivo 2021/2022

Em assembleia virtual extraordinária, realizada na tarde do dia 28 de dezembro, trabalhadores (as) da Cerb (Companhia de Engenharia Hídrica e de Saneamento da Bahia) aprovaram por unanimidade o fechamento do Acordo Coletivo de Trabalho - ACT para o período de 2021/2022. 

Além da manutenção das conquistas históricas da categoria, a exemplo das cláusulas administrativas e sociais, que permaneceram iguais aos acordos anteriores, haverá reajuste salarial em 4% (quatro por cento), que será aplicado nos salários base a partir deste mês de janeiro. Outra questão importante é a confirmação da Promoção por Mérito, que também deve ser aplicada neste mês. 

Os (as) trabalhadores (as) da Cerb, como o servidor público estadual em geral, dependem do Orçamento do Governo da Bahia e têm enfrentado grandes dificuldades com o governador Rui Costa. Há sete anos que esses (essas) servidores (as) estão sem receber sequer a reposição das perdas da inflação nos salários e esse reajuste de 4%, apesar de positivo, não repara os danos causados nos últimos anos. É fato que o governo do estado tem usado o arrocho salarial sobre os servidores públicos para financiar suas ações e esse débito histórico é, na prática, o grande banco do qual o governo tem extraído recursos para financiar suas ações sem pagar juros e sem perspectiva de retorno àqueles (as) que lhe empresta compulsoriamente.

Soma-se a isso o ataque que a classe trabalhadora tem enfrentado desde o presidente Michel Temer e, mais recentemente, com Bolsonaro, através da retirada de direitos,  por meio das reformas da previdência e trabalhista que, segundo seus defensores, visariam “modernizar” a legislação, equilibrar as contas públicas e gerar mais empregos. Na verdade, essas reformas trouxeram mais desemprego, precarização das relações laborais e perdas salariais, contribuindo para o agravamento da crise econômica com a perda do poder de compra da classe trabalhadora. 

Na contramão do que deveria ser a postura de um governador do PT (Partido dos Trabalhadores), o governador Rui Costa tem se alinhado à agenda Bolsonaro/Guedes e tem maltratado os servidores estaduais com ameaças de privatização de empresas públicas, a exemplo da Embasa, e com a imposição de reformas similares às que estão sendo feitas pelo governo federal.

Nesse contexto complexo o movimento sindical tem o papel de defender a classe trabalhadora e os interesses da população, resistindo aos ataques, lutando pela manutenção dos direitos e na defesa do papel estratégico das empresas públicas contra os interesses privatistas e lesa-pátria que tem marcado a atual política no plano federal.