27/10/2024
Nesta quinta-feira (24/10), a Embasa publicou no Diário Oficial do Estado da Bahia a ampliação de 130 vagas do cadastro de reserva do concurso 2022. No entanto, esse número ainda está longe de atender às necessidades reais da empresa e de sua força de trabalho, que sofre com a falta de pessoal e a precarização das condições de trabalho com a terceirização.
No total, são 55 vagas para nível médio, 28 para técnico e 47 para superior. A aprovação dessa ampliação de vagas passou pela Diretoria Executiva da Embasa e pelo Conselho de Administração (CONSAD), mas o Sindae reitera que essa quantidade ínfima de novas contratações é completamente insuficiente.
Essa ampliação tímida também contraria o acordo de desterceirização firmado entre a Embasa e o Ministério Público do Trabalho (MPT), que exige uma convocação mais ampla de concursados para combater a dependência de mão de obra terceirizada. A realidade é que, mesmo com o aumento anunciado, a Embasa ainda mantém um quadro de efetivos (as) muito aquém do necessário, agravado pelas constantes saídas por aposentadoria. Durante a última reunião entre a Embasa, Sindae e MPT, ficou claro que a recomposição do quadro de pessoal efetivo tem sido praticamente nula e, quando feita, é insuficiente.
O Sindae tem se posicionado de forma incisiva, cobrando da Embasa uma ampliação significativa no número de convocações, especialmente considerando o elevado índice de terceirização que corrói a qualidade dos serviços e precariza as relações de trabalho. Em várias localidades do interior do Estado, a situação é alarmante: o (a) único (a) empregado (a) concursado é, muitas vezes, o (a) gerente, enquanto a maioria das atividades é desempenhada por terceirizados, aprofundando um cenário de insegurança e instabilidade para todos (todas).
A defesa do concurso público vai além de uma questão de preenchimento de vagas; é uma luta por dignidade, estabilidade e respeito aos direitos dos (das) trabalhadores (as) e da população que depende dos serviços da Embasa. Seguiremos pressionando para que a empresa cumpra seu papel e valorize o serviço público, convocando mais concursados (as) e rompendo com o ciclo de exploração e precarização.
Vamos à luta!