29/08/2024
Nesta terça-feira (27/08), o Sindae esteve reunido com os (as) trabalhadores (as) do Parque Paulo Jackson, no Rio Vermelho, em Salvador, ocasião em que ouviu denúncias graves de assédios que têm devastado a vida de pessoas deste local. Mais do que simples relatos, o que se presenciou foi uma clara certeza de um ambiente de trabalho adoecido, onde os olhares evitavam contato, mas os clamores de ajuda eram ensurdecedores.
O Parque Operacional Deputado Paulo Jackson, em outro momento símbolo de produtividade, tornou-se uma verdadeira vergonha para a Direção da Embasa, um vez que tem conhecimento de denúncias de assédios moral e sexual no local e até o momento nada tem feito. Enquanto isso, os gritos de socorro ecoam pelas instalações e o medo silencia as vozes que clamam por justiça.
A Cruel Ironia
A ironia se faz presente de forma cruel: no mesmo espaço onde os (as) trabalhadores (as) agora pedem por socorro, a empresa havia recentemente lançado sua cartilha oficial sobre assédio moral e sexual. Uma campanha que deveria ser um marco na proteção dos (das) trabalhadores (as) tornou-se uma triste piada, diante da realidade. Essa incoerência entre o discurso oficial e a prática diária é uma prova gritante da urgência com que essa situação deve ser abordada.
Entenda o Assédio Moral
O assédio moral no ambiente de trabalho é uma prática destrutiva, caracterizada por comportamentos repetitivos e prolongados que visam humilhar, constranger e desestabilizar emocionalmente as vítimas.
Esse abuso pode assumir diversas formas:
✓ Assédio Vertical Descendente: quando superiores hierárquicos usam seu poder para oprimir subordinados.
✓ Assédio Vertical Ascendente: onde subordinados assediam um superior, criando um ambiente de hostilidade.
✓ Assédio Horizontal: entre colegas de mesmo nível hierárquico, promovendo rivalidades e exclusões.
✓ Assédio Organizacional: praticado pela própria estrutura organizacional, onde a cultura da empresa permite ou até incentiva práticas abusivas.
Esses atos podem variar em intensidade, desde insultos sutis até ameaças explícitas e violência verbal. As consequências são devastadoras: ansiedade, depressão, síndrome do pânico e doenças psicossomáticas são apenas algumas das marcas deixadas pelo assédio moral.
O que Fazer?
Se você é vítima de assédio moral ou sexual, não sofra em silêncio.
Tome as seguintes atitudes:
1. Documente Tudo: registre datas, locais e detalhes dos incidentes. Procure identificar testemunhas que possam apoiar seu relato.
2. Procure o Sindicato: o Sindae está aqui para te apoiar. Não hesite em buscar ajuda, pois estamos comprometidos em lutar por seus direitos e garantir um ambiente de trabalho seguro.
3. Busque Apoio Psicológico: sua saúde mental é prioridade. Procure suporte psicológico, seja através do sindicato, da empresa ou de serviços externos.
4. Denuncie: utilize os canais oficiais, como o Ministério Público do Trabalho, a Ouvidoria do Estado e os meios internos da empresa, para denunciar os abusos.
O Sindae está vigilante e determinado a transformar essa realidade. A situação no Parque Deputado Paulo Jackson é inaceitável e os responsáveis devem ser devidamente punidos.
Não deixe que o medo te silencie. Juntos, venceremos essa batalha!
Vamos à luta!