Gota D'água

Sindae cobra estudo de implantação de autogestão da assistência médica na Embasa

04/04/2024

Sindae cobra estudo de implantação de autogestão da assistência médica na Embasa

Em uma reunião para discutir os impactos do Plano de Saúde no orçamento da Embasa, realizada na tarde desta quarta-feira (03/04), na sede da empresa, em Salvador, o Sindae voltou a cobrar o estudo para implantação de autogestão da assistência médica na Embasa, em cumprimento à cláusula vigésima quarta, parágrafo décimo quarto, do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) em vigor.

No modelo atual, a Embasa tem que realizar licitação periodicamente para contratar uma operadora de plano de saúde, ficando extremamente vulnerável às instabilidades do mercado, além de uma prestação de serviços cada vez mais precária e com custos crescentes. A ideia da autogestão é para que se possa buscar implementar um sistema de assistência médica estável, com boa cobertura estadual e de menor custo tanto para a empresa quanto para os (as) beneficiários (as).

Embora não seja um problema recente, os (as) trabalhadores (as) da Embasa têm enfrentado muitas dificuldades com a atual operadora de Plano de Saúde, a Central Nacional Unimed - CNU. A categoria reclama que faltam clínicas e hospitais credenciados suficientes para realização de exames, consultas especializadas e atendimentos de urgência e emergência, principalmente quando se trata do interior do estado. Uma boa razão, que pode explicar essa realidade, é a falta de credibilidade dessas prestadoras de serviços, que, por vezes, atrasam repasses ou simplesmente deixam de pagar a essas clínicas e hospitais. Soma-se a isso a grande dificuldade de reembolso, nos casos em que o (a) trabalhador (a) tem que pagar do próprio “bolso” para ter atendimento médico. 

Além da discussão sobre a autogestão, que, neste caso, a empresa se comprometeu a fazer uma pesquisa inicial junto a CASI, do Banco do Brasil, a Embasa também apresentou preocupação acerca do impacto do plano de saúde no balanço da estatal, uma vez que ela precisa lançar nos demonstrativos contábeis, a cada exercício, toda uma projeção de obrigações futuras com a assistência médica, o que afeta, segundo a empresa, a possibilidade de acessos a financiamentos da Embasa.

Representando a Embasa, participaram da reunião o Diretor de Gestão Corporativa - DG, Jazon Junior, a Diretora Financeira – DF, Marcela Lima, o representante da GPE, Paulo Mendonça,  e a representante da FCT, Mônica Pita.

Representando o Sindae, estiveram na reunião o Coordenador Geral, Grigorio Rocha, o Diretor de Administração e Finanças, Aloísio Filho, o Diretor Regional Sudoeste, Luciano Leal, o Diretor de Formação Sindical, Cultura, Política e Estudos Socioeconômicos, Luiz Geovane e o Diretor de Imprensa, Divulgação e Mobilização, Erick Maia.