De acordo com o resultado da Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, referente ao município de Salvador, de janeiro a abril de 2024, a cesta básica cresceu 14,14%. Ainda segundo a pesquisa, que foi publicada nesta terça-feira (07/05) pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos - DIEESE, o (a) trabalhador (a) soteropolitano (a) gastou, em abril de 2024, 49,01% da sua remuneração, com base no salário mínimo líquido (subtraindo-se os 7,5% da Previdência Social), para adquirir os produtos da cesta básica, que é a quantidade necessária para alimentar um adulto no período de um mês. 

Segue abaixo o recorte do resultado da Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, do DIEESE, referente ao município de Salvador.  

Salvador

Em abril de 2024, o custo da cesta básica da cidade de Salvador foi o quinto menor entre as 17 capitais pesquisadas, chegando a R$ 640,12, alta de 3,22% em relação a março. Na comparação com abril de 2023, o valor da cesta subiu 9,24% e acumulou aumento de 14,14% nos quatro primeiros meses do ano.

Entre março e abril de 2024, oito dos 12 produtos que compõem a cesta básica tiveram alta nos preços médios: tomate (22,40%), café em pó (4,20%), açúcar cristal (4,11%), arroz agulhinha (3,14%), óleo de soja (2,34%), leite integral (1,79%), manteiga (1,26%) e pão francês (0,26%).

Outros quatro alimentos apresentaram redução: carne bovina de primeira (-1,54%), banana (-1,06%), feijão carioquinha (-0,98%) e farinha de mandioca (-0,50%). No acumulado dos últimos 12 meses, foram observadas elevações em oito dos 12 produtos da cesta: banana (63,99%), tomate (44,48%), arroz agulhinha (27,68%), açúcar cristal (11,76%), café em pó (3,88%), manteiga (2,62%), pão francês (1,54%) e farinha de mandioca (0,63%).

Foram registradas quedas em outros quatro: óleo de soja (-20,11%), feijão carioquinha (-12,52%), carne bovina de primeira (-6,49%) e leite integral (-4,72%). Em abril de 2024, o trabalhador de Salvador, remunerado pelo salário mínimo de R$ 1.412,00, precisou trabalhar 99 horas e 44 minutos para adquirir a cesta básica, tempo maior do que em março, quando necessitou de 96 horas e 37 minutos. Em abril de 2023, quando o salário mínimo era de R$ 1.302,00, foram necessárias 99 horas e 01 minuto.

Considerando o salário mínimo líquido, após o desconto de 7,5% da Previdência Social, o mesmo trabalhador comprometeu, em abril de 2024, 49,01% da remuneração para adquirir os produtos da cesta básica, que é suficiente para alimentar um adulto durante um mês. Em março, o percentual gasto foi de 47,48%. Já em abril de 2023, o trabalhador comprometia 48,66% da renda líquida.