O reinício das chuvas na semana passada fez com que equipes da Defesa Civil, apoiadas por integrantes do Corpo de Bombeiros, “sangrassem” pequenas barragens que apresentavam risco de rompimento na zona rural do município de Pedro Alexandre, fronteira da Bahia com Sergipe. Ali, uma semana antes, o rompimento da barragem do Quati provocou forte destruição no vizinho município de Coronel João Sá, onde a população continua assustada e vem lutando para retomar a normalidade da vida após um rastro de destruição causado pela enchente na cidade.

A destruição foi causada pelo rompimento de cinco barragens, e não de apenas uma, a do Quati, conforme revelou a Defesa Civil. Na semana passada, por medida preventiva em razão do recomeço das chuvas na última quinta (18), três barragens em Pedro Alexandre foram “sangradas” para evitar possíveis rompimentos. Uma delas, a de Serra Torre, fica em nível acima da sede municipal de Pedro Alexandre, e outra, Lagoa Grande, fica no contorno da cidade. A proposta é fazer uma vistoria em toda a região, pois existem inúmeras barragens utilizadas para armazenar água durante os períodos de estiagem.

O rompimento da barragem do Quati potencializou a enchente do Rio do Peixe, que corta a região, desalojou cerca de mil pessoas em Pedro Alexandre e cerca de 2,5 mil em Coronel João Sá. Várias casas desabaram e dezenas foram condenadas, devendo ser derrubadas por medida de segurança. Estradas estão totalmente destruídas nos dois municípios.