Gota D'água

Embasa faz reformas desnecessárias e sindicato pede explicações

06/10/2020

Embasa faz reformas desnecessárias e sindicato pede explicações

Na data de hoje (6) o Sindae enviou ofício à presidência da Embasa cobrando explicações sobre uma grande reforma que estaria acontecendo nas dependências da Diretoria Financeira, no CAB. Considerando o momento delicado de pandemia, quando a empresa tem cobrado dos seus funcionários (as) a otimização de custos e austeridade nos gastos, parece no mínimo contraditório a realização dessa obra sem nenhum caráter de urgência. 

No documento enviado ao presidente da Embasa o sindicato cobra transparência e questiona se a obra está sendo feita com dispensa de licitação. O sindicato também solicitou que a empresa informasse o nomes das empresas que estão executando e que estão fornecendo insumos para a obra, bem como os custos dos serviços e dos materiais.

Ainda sobre a Diretoria Financeira, há notícias de que o setor de tecnologia da informação FTI está pretendendo terceirizar o atendimento aos usuários, mais conhecido como Service Desk. A terceirização seria dos níveis 1 ao 3, contemplando os serviços de suporte remoto, recebimento de máquinas e equipamentos para manutenção e suporte presencial. A questão é que se trata de um setor extremamente estratégico para empresa, o qual seria entregue a empresas terceirizadas sem nenhum fundamento técnico. Seria não só um equívoco, mas uma decisão altamente questionável do ponto de vista da segurança da informação da empresa.

Outra situação no setor de TI que salta aos olhos pela incoerência seria o aluguel de equipamentos e máquinas que a empresa pretende fazer para os próximos 5 anos. O último estudo realizado pela empresa indicou uma disparidade de preço muito grande, sendo mais vantajoso adquiri-los. Para se ter ideia, com o aluguel de um equipamento daria pra comprar três. Além disso, há jurisprudência do Tribunal de Contas da União que condena a locação de equipamentos de TI quando não for para períodos curtos e de comprovada necessidade.

Cabe perguntar de onde saem essas propostas estapafúrdias dentro do FTI e se a diretoria da Embasa irá assumir esses riscos.