Mesmo se tratando de profissionais imprescindíveis para o saneamento e que trazem consigo uma alta responsabilidade, que é levar água tratada e de qualidade para a população, eles (as) estão se queixando, com muita razão, de que muitas vezes não são devidamente reconhecidos pela empresa.

Esses (as) trabalhadores (as), que durante todo o período de pandemia têm feito a diferença, pois executam um serviço público que não pode parar,  vivenciam certo abandono e desleixo por parte de algumas gerências da empresa. Reclamam, com razão, de serem pouco assistidos pela Embasa, por trabalharem em áreas isoladas, sendo os últimos a saber do que ocorre na empresa (quando são informados), além de terem direitos trabalhistas sonegados por parte da empresa e serem submetidos, com frequência, a condições de trabalho pouco dignas.

Um exemplo do descaso da Embasa com esses profissionais da operação, que chegou recentemente ao conhecimento do sindicato, é a reclamação de que alguns operadores (as) não estão recebendo o ticket refeição conforme previsto na cláusula oitava, parágrafo terceiro, do Acordo Coletivo de Trabalho, que prevê o pagamento extra quando extrapolada a jornada de trabalho. Isso ocorre principalmente quando há a dobra do turno. O departamento jurídico do sindicato está à disposição para tirar dúvidas dos (as) empregados (as), inclusive ingressar com ações judiciais para reparar eventuais violações desses direitos.

O Sindae, desde 2018, iniciou uma série de visitas de inspeção nas ETAs e ETEs para fiscalização das condições de trabalho. Em 2021 a diretoria do sindicato pretende intensificar ainda mais as inspeções nas estações, para ouvir os operadores e encaminhar as demandas desses profissionais.